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Análise | Big Mouth: Temporada 5 - Mais maduros e mais ciumentos do que Nunca!

  • Foto do escritor: Luigi Leite
    Luigi Leite
  • 22 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Não importa o quão bonzinho você tenha sido quando adolescente (ou acha que foi) pois em algum momento deste conturbado período das nossas vidas todos fomos acometidos por uma onda de ódio gratuito contra tudo e contra todos. Seja pelos hormônios jorrando por cada poro da nossa pele, por bullying ou por sentirmos que a nossa família não consegue nos compreender. Se identificou? A temporada 5 de Big Mouth fala sobre muitas coisas, mas principalmente sobre ódio adolescente!


Adoro uma polemica!


Desde a sua estreia na Netflix, Big Mouth nunca foi a série mais contida na hora de contar piadas ou rir na cara do perigo ao sambar nas margens do aceitável e do abominável, felizmente para nós, o roteiro até agora não ultrapassou o aceitável na hora de ironizar ou fazer suas críticas sociais, mesmo que algumas piadas sejam americanizadas demais e cheguem a ser tão sem graça que da vergonha, ainda é uma série necessária e estranhamente familiar para quem já passou da idade dos personagens (mesmo que você não queira assumir).


Na temporada anterior a série focou bastante nos personagens secundários e na tentativa de descobrir quem são, principalmente com Matthew explorando mais a sua sexualidade e Missy se conectando com a sua negritude de uma forma muito intima e sensível. Embora tenha sido lindo de assistir e tenha sido muito legal o foco em personagens coadjuvantes, a qualidade da obra decaiu um pouco e beirou o tédio, mesmo com seus temas relevantes.

Missy, Jesse, nós amamos vocês!

Novas Emoções


Uma das coisas mais divertidas em Big Mouth é a evolução e desenvolvimento pessoal visível nos personagens. Essa evolução acontece através das emoções que vão florescendo conforme eles ficam mais velhos e são personificadas em formas de monstros. Os primeiros que conhecemos foram os monstros hormonais, presentes desde a primeira temporada, e gradativamente outras emoções foram ganhando vida como o Gratisapo, A Gata de Depressão, O Mago da Vergonha, entre outros.


Na temporada 5 conhecemos os Besouros do Amor e a Minhoca do Ódio (você ficaria surpreso - ou não - de ver como esses dois monstros podem ser a mesma coisa). Através desses novos monstros somos convidados a refletir sobre quão frágil é a linha que separa amor e ódio. Se ainda hoje, para os adultos, é difícil manter um sentimento positivo em relação a um amor terminado, imagina para os adolescentes que são programados para odiar?

Nick foi visitado pelo Besouro do Amor mas não soube cuidar dele... Se ele ao menos soubesse o que o esperava...

A série mergulha profundamente no tema dos relacionamentos abusivos através desses novos seres e trás uma mensagem muito importante sobre consentimento, sexo prazeroso para ambos os envolvidos, relacionamentos tóxicos e como se livrar deles, ciúmes excessivos e as famigeradas Fake News. É incrível como os temas vão amadurecendo junto com a narrativa, mas não pense que a série perdeu seu humor afiado (e as vezes fora do tom) só por falar de coisas séries, na verdade, é justamente este o brilho de Big Mouth que mostrou que ainda tem muito folego para ser uma animação beeeem longa e aclamada da dona Netflix!


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