Análise | Eduardo e Mônica - Os opostos realmente se atraem?
- Carolina Mezalira
- 8 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Como muitos filmes durante a pandemia sofreram mudanças em seu calendário, com Eduardo e Mônica não seria diferente. Demoramos quase dois anos para conseguirmos ver nas telonas a adaptação da famosa música de Renato Russo pelas mãos do brilhante Renê Sampaio, mas a produção finalmente está entre nós!

Na trama acompanhamos Eduardo (Gabriel Leone – Dom), um jovem tímido de 16 anos, que ainda está ingressando na vida adulta e precisa colocar todas as suas energias no vestibular da faculdade de engenharia, em contrapartida, conhecemos Mônica (Alice Braga – Novos Mutantes), uma mulher de 26 anos, estudante de Medicina que quer trilhar seus próprios caminhos, não ficando na asa de sua mãe médica.
Quando eles se conhecem, é amor à primeira vista, mas agora o futuro casal precisa lidar com as diferenças tão gritantes entre eles, desde a diferença de idade até os interesses de ambos. Mas uma coisa é certa: eles acabam se complementando que nem feijão com arroz.
Não existe razão nas coisas feitas pelo coração...

Legião Urbana foi uma banda muito famosa nos anos 80, liderada pelo músico Renato Russo, com certeza foi um ícone para a cultura de Rock do Brasil, ficando na memória do país e passando de pais para filhos, fazendo sucesso até os dias atuais, mesmo depois da morte de seu criador.
Eduardo e Mônica é uma canção que acabou criando dois personagens muito populares da música brasileira e consequentemente tornou-se referência para o famoso ditado popular "Opostos se atraem’’, pois é justamente isso: eles são pessoas completamente diferentes, mas no fundo isso não importa, já que se amam.
Além de que, apesar de ser uma história criada em 1986, os assuntos abordados no filme são pertinentes até os dias atuais. Afinal, o diretor mexe com a memória afetiva do brasileiro (Minha mãe mesmo vendo o filme se emocionou várias vezes lembrando da sua juventude!) e com a cultura nacional, entregando uma trama real que pode estar acontecendo com qualquer pessoa.
Rene Sampaio acertou em cheio na adaptação!

O diretor conseguiu adaptar cada pedacinho da música para as telonas, claramente essas duas figuras já estão fixadas na cabeça dos fãs e ver eles ganhando forma nos cinemas foi de emocionar qualquer um que cresceu ouvindo Renato Russo. Aqui vemos o primeiro encontro, o conflito de opiniões e hábitos, o choque das idades, e tudo oque os difere, mas acima de tudo, a conexão do casal se inicia de forma simplista e linda de se ver.
Eduardo e Mônica é um filme que traz muita nostalgia principalmente para a juventude oitentista, mas acaba agradando a todos. É aquela típica comédia romântica sobre primeiros amores e opostos se atraindo.

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