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Análise | Sandman - Tudo aquilo que sempre sonhei

Depois de muita espera e ansiedade dessa que vos fala, afinal Sandman é minha HQ da vida, a primeira temporada da adaptação finalmente foi lançada pela Netflix, e vamos combinar né? Decepcionou zero!


Mas e aí do que se trata esse rolê todo?


Sandman é uma HQ do mais do que premiado roteirista Neil Gaiman, e basicamente se trata dos Perpétuos, que são irmãos e personificam aspectos da vida humana, são eles: Destino, Sonho, Morte, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio. Sandman foi publicada pelo selo Vertigo pela primeira vez em 1988 e desde então teve várias reimpressões e uma legião de pessoas completamente apaixonadas pela série e tudo que envolve o Sonhar.



E a série? É tudo isso mesmo ou estou apenas exagerando?


Depois de mais de 30 anos para a série finalmente ser adaptada é normal que as expectativas estivessem um pouco altas, e quando se trata de adaptações de quadrinhos as coisas ficam um pouco mais complicadas (eita povo difícil de agradar) imagine então adaptar o onírico, o inferno e o contraste entre todos esses mundos?


A primeira temporada engloba os dois primeiros arcos das hqs, Prelúdios e Noturnos e A Casa das Bonecas, e começa exatamente do mesmo jeito, quando Sonho (Tom Sturridge) é capturado acidentalmente por Roderick Burgess (Charles Dance) num ritual de magia e fica preso por mais de um século. Os danos que isso causam no Sonhar são catastróficos e à partir daí a história começa a se desdobrar com Sonho tentando recuperar o seu poder e reconstruir seu reino.



O fechamento do primeiro arco e o início de outro acontecem de maneira um pouco brusca, não passando um sentimento de continuidade entre as partes, para quem leu a história tá tudo bem, já que é exatamente assim que acontece nos quadrinhos, mas para o espectador que está tendo o primeiro contato com a obra isso possa parecer um corte um pouco rude demais.


A escolha do elenco é o ponto alto da série, com atuações perfeitas, tudo muito bem trabalhado e realmente passando toda a atmosfera criada pelos personagens no original. Kirby Howell-Baptiste nos entrega uma Morte que dá vontade de colocar num potinho e guardar na estante, carismática, dócil e extremamente sensível, o mesmo vale para Gwendoline Christie, Vanesu Samunyai, Ferdinand Kingsley e Jenna Coleman fazem de Lúcifer, Rose Walker, Hob Gadling e Johanna Constantine, respectivamente, que mesmo nos apresentando roupagens completamente novas conseguiram transmitir a essência dos seus personagens.



O grande trunfo dessa primeira temporada é a participação ativa de Gaiman no projeto, o que nos presenteia com cenas que praticamente são idênticas a dos quadrinhos, diálogos construídos perfeitamente e aquela sensação de quentinho no coração, tá tudo lá, todos os elementos da série nas hqs são representados de maneira carinhosa na série, com um ou outra adaptação, mas nada que interfira no andamento da trama ou na premissa original da história.


Veredito Final


Não poderia estar mais feliz com o que vi nas telinhas, foi empolgante, sensível e lindo de se ver, vale muito pra quem já teve contato com os quadrinhos e com certeza é uma ótima porta de entrada para quem se interessar pelo original, afinal, Gaiman não é nenhum autor desconhecido, para quem não sabe é o nome por trás de outras adaptações memoráveis e outras nem tanto assim (rs) como Deuses Americanos, Good Omens e a fofa Coraline.


Uma coisa é certa, não vejo a hora de uma segunda temporada!





Sandman está disponível na Netflix.

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