Oscar 2022 | Amor, Sublime Amor - Será que temos o grande vencedor do Oscar?
- marianafrancomague
- 8 de mar. de 2022
- 3 min de leitura
Se juntarmos atores renomados do cinema e teatro com um dos musicais mais clássicos da história norte-americana, e ainda colocar Steven Spielberg na direção, daria bom, sim ou claro? Então vem saber tudo sobre o indicado a 6 categorias do Oscar, Amor, Sublime Amor.

Romeu e Julieta e gangues de Nova York
Estamos em 1950 na cidade de Nova York, e nos primeiros minutos de filme somos apresentados (com um número de dança de tirar o chapéu) a duas gangues rivais, os Sharks, formados por imigrante de Porto Rico e liderados por Bernardo (David Alvarez), e os Jets, grupo formado por imigrantes da Europa. As duas facções lutam diariamente pelo controle de um bairro na periferia da cidade, que está prestes a ser demolido.
E no meio dessa guerra urbana estão Maria (Rachel Zegler), irmã mais nova de Bernardo, e Toni (Ansel Elgort), que já foi membro dos Jets, mas se afastou após passar um ano preso por um dos confrontos com uma gangue rival. Os dois jovens se apaixonam instantaneamente, porém o amor proibido já está fadado a tragédia (todo mundo sabe como Romeu e Julieta acaba).

Spielberg é Spielberg né mores!
Como dá para ver, a história é muito simples, e por ser baseada em Romeu e Julieta ela não tem grandes reviravoltas, nem um final surpreendente (aliás tenho questões com o final, mas passamos um leve pano ai), mas a direção de Steven Spielberg nos prende no sofá de infinitas outras formas, com a fotografia do longa (categoria que está concordo no Oscar), as danças e a ambientação.
O espectador fica totalmente imerso no filme, e olha que são 2h20min de duração! (que você nem sente passar). Não duvidamos por um segundo sequer que estamos na década de 50 e, com certeza, um dos pontos onde o filme mais brilha, são os números de dança. A música de abertura, por exemplo, é somente coreografada, e ainda assim os dois grupos rivais são apresentados de maneira formidável sem uma única palavra. Isso sem falar da fotografia impecável, cada frame desse filme é uma obra de arte.

Afinal, e as músicas???
Para quem não sabe, Amor, Sublime Amor foi um musical da Broadway de 1957, que já foi adaptado anteriormente para um filme em 1961. Inclusive, Rita Moreno, que fez Anita na versão de 61, está no novo filme como Valentina, uma senhora porto-riquenha que acolhe Toni após ele sair da cadeia, e canta uma das músicas mais lindas do longa. E você vai querer ouvir todas elas no repeat depois que assistir!
Falando em cantar, se essa produção tem um nome musical, ele é Rachel Zegler, pois o que essa mulher canta é impossível descrever em palavras! Além de atuar muito bem, é claro, o mundo do cinema se prepare, pois a nova Branca de Neve vem muito aí (Dona Disney não dá ponto sem nó mesmo), e seu par, Ansel Elgort não deixa nada a desejar, no quesito atuação ele entrega tudo e mais um pouco, porém em questão de canto, a única que se equipara a Maria é a Anita (Ariana De Bose). Não é a toa que a mulher fazia parte do coro de Hamilton né?

Se você acha que musical é só cantoria, dança e purpurina, ACHOU ERRADO
Temos um grande arco no filme, que contêm uma crítica social que já era importante na década de 50 e 60, mas hoje a causa imigrante é ainda mais comentada, e o enredo trás essa trama de maneira super natural, discutindo desde o que é ser americano, até a qualidade de vida de um imigrante nos EUA e as dificuldades com a língua.
Tudo isso é debatido durante o maior e mais icônico numero do filme, que é “América”, nessa musica Ariana De Bose mostra para o que veio. É só procurar a letra dessa canção que você não vai conseguir parar de ouvir!
Amor, Sublime Amor é um filme sensível, dramático na medida certa, que vai encantar os olhos e o coração, de tão bonito visualmente e narrativamente. Será que achamos nosso ganhador do Oscar 2022?

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