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#TBT | Fantasia - Uma obra prima da animação e som!

  • Foto do escritor: marianafrancomague
    marianafrancomague
  • 28 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Quem acompanha o Fenda faz um tempo, lembra das nossas matérias especiais das Eras da Disney, e na Fase de Ouro tinha um certo filme que mudou a experiência de se ir ao cinema para sempre, e ele é tão especial que achamos que Fantasia merecia um #TBT só dele. Então cola na gente pra relembrar essa obra prima das animações!


O negócio é diferenciado


Estamos em 1940, a Disney já é um enorme sucesso depois de lançar Branca de Neve e Pinóquio, mas o tio Walt sonhava bem mais alto: ele queria revolucionar a experiência de se ir ao cinema. Não é a toa que Fantasia custou US$2,2 milhões aos cofres do estúdio, um projeto tão ambicioso que tinha seu próprio sistema de som.


O objetivo do filme era fazer com que quem assistisse, tivesse a real sensação de se estar escutando uma orquestra ao vivo. E para isso foi criado o Fantasoud, um sistema de som composto por varias caixas de emissão, que fariam com que o som viesse de varias direções. Basicamente é o que tem em qualquer sala de cinema hoje em dia, para você ter noção de como Fantasia revolucionou a indústria.


O que é Fantasia afinal?


O filme não é composto por uma única história, são 8 seguimentos, cada um com uma sinfonia clássica como trilha, sendo que a animação e a música são como um só corpo interagindo entre si a todo momento. Tudo reproduzido pela Orquestra Sinfônica da Filadélfia, regida pelo músico Leopold Stokowski.


Como somos guiados pelo nosso mestre de cerimônias, temos três tipos de seguimentos. Entre eles, temos aqueles que contam com uma história especifica, como o Aprendiz de Feiticeiro, que traz uma das versões mais icônicas do Mickey, mas já, já falamos dele.


Além disso, temos também aqueles que, apesar de não terem uma narrativa estabelecida, tem um certo sentido lógico, como Suíte Quebra Nozes de Tchaikovsky, que, ao som do balé clássico, nos conta a passagem das estações do ano através de flores dançantes, peixes e flocos de neve, os quais se movem com mais delicadeza que eu e você juntos.


E ainda tem aquele tipo que simplesmente existe, como o número de abertura Tocata e Fuga de Sebastian Bach, que mostra apenas cores, forma e linhas, que interagem de forma abstrata com a música.



O Mickey mais icônico


Tenho certeza absoluta que existem pessoas que nunca viram Fantasia, mas mesmo assim sabem exatamente quem é o Mickey Feiticeiro. O seguimento acompanha nosso camundongo favorito dando uma de preguiçoso com seu mestre feiticeiro Yan Sid (quem reparou que é Disney escrito ao contrário).


Quando recebe a tarefa de encher o caldeirão de água, ele pega o chapéu mágico escondido, e enfeitiça uma vassoura para que faça a tarefa para ele, porém, como ele ainda é um aprendiz, perde totalmente o controle, e causa uma bagunça envolvendo muitas vassouras mágicas e bastante água, até que Yan Sid chega para arrumar tudo e dá um belo de um esporro no Mickey (até ele faz merda às vezes).


A intenção de Walt era lançar um filme Fantasia todo ano, apenas modificando alguns seguimentos, porém o retorno de toda a aquela grana não foi muito alto não (apenas US$1 milhão), então o projeto foi cancelado. O que é uma pena, pois Walt não viveu para ver a sequência idealizada por seu sobrinho Roy em 1999, Fantasia 2000, e como o filme original foi aclamado durante os anos e hoje tem um ganho acumulado de US$80 milhões.


Fantasia é uma obra prima que combina animação e música clássica em perfeita sincronia e harmonia. Não tem uma história que vai fazer você pregar o olho na tela durante as duas horas de duração, mas é uma poética união da imagem e o som que todo fã do gênero deveria experimentar.

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