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# TBT | Um Sonho Possível - Uma lição sobre generosidade

  • Foto do escritor: Giulia K. Rossi
    Giulia K. Rossi
  • 6 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

O Dia das Mães está chegando e nada melhor do que um TBT para celebrar tal data. O drama esportivo Um Sonho Possível, pode não parecer o típico filme para ver entre mães e filhos, mas, com certeza, tem uma linda mensagem de maternidade e altruísmo por trás de todo o esporte.


Dirigido por John Lee Hancock, o longa rendeu um Oscar para a talentosíssima Sandra Bullock no papel de Leigh Anne Tuohy. Baseado em uma história real, o filme conta a história de Michael Oher (Quinton Aaron), um jovem negro desabrigado que, após ser avistado sem rumo pela rica família Tuohy, é acolhido pelos milionários. Contudo, o rapaz não tinha ideia de que isso acabaria mudando sua vida para sempre, fazendo-o descobrir um potencial gigantesco para o futebol americano.


Os personagens: Um belo touchdown!


O longa, em grande parte, é movido pelos seus personagens carismáticos. Os Tuohy são aquela família que vemos em comercial de margarina - atraentes, unidos, e cristãos. Contudo, apesar da imagem aparentar "falsa" de início, o espectador não demora para simpatizar com todos eles e perceber a genuinidade dentro de cada um.


Primeiramente, precisamos falar de S.J (Jae Head), um garotinho extrovertido e simpático, que conquista qualquer plateia ao seu redor. A amizade que ele cria com Michael é definitivamente um dos pontos altos da produção, ainda mais por conta da química sincera entre os dois atores.

Essa cena é para todos os amantes do Touro Ferdinando!

Além dele, temos Collins (Lily Collins), a típica adolescente popular. Ao contrário do irmão, ela não é de grande importância na trama e seu relacionamento com Mike é um tanto superficial. O mesmo vale para Sean Tuohy (Tim McGraw), que serve mais como um apoio emocional de sua esposa durante todo o filme. Porém, ainda assim é possível ver o desenvolvimento dos dois ao longo da história.


A alma e o coração da narrativa


Por último, mas mais importante, é ela: Leigh Anne Tuohy, ex-líder de torcida, mãe e cristã devota. De um jeito menos óbvio que S.J, a mulher mostra um carisma escondido por trás de uma fachada durona. Assim como sua personalidade forte não conversa com a sua aparência delicada, Leigh Anne é uma das poucas pessoas que não julga Michael pelo seu exterior "ameaçador".


Isso, sem dúvidas, é uma das mensagens mais importantes do filme e o que torna a relação dela com o rapaz a alma da história, especialmente pelo brilho que Bullock traz para o papel. Não é a toa que a Academia quis prestigiá-la!

"Ela é como uma cebola, precisa descascar as camadas"

É a partir dela que a maternidade se torna um dos assuntos principais do longa. E, não só isso, como o próprio conceito de família. Para alguém como Michael, que viveu em vários lares adotivos, a ideia de ter um lar é algo completamente surreal. No momento que ele é acolhido por Leigh Anne e seu marido, o garoto até mesmo estranha ter a própria cama. São nesses pequenos momentos, que a produção realmente toca o coração do público.


Mais do que só um drama esportivo


A obra, mesmo que tenha mais de duas horas de duração, acontece em um ritmo envolvente, se aprofundando na relação de Michael com a sua nova família, os traumas do passado do garoto, e as suas novas esperanças para o futuro, quando é incentivado a jogar futebol profissionalmente. Uma boa adição do filme é a veterana Kathy Bates como a tutora de Mike. Para melosos (como eu!), é emocionante ver o desenvolvimento pessoal de Michael não só no campo, como também em suas notas da escola.


Ainda que não seja o foco principal do longa, ele trata de problemas sérios, como os abusos que Michael sofreu em sua infância, o vício em substâncias ilícitas, e a violência e o preconceito sofridos por jovens negros e da periferia. Tudo isso encoberto em uma trama esportiva, que nada mais é do que uma metáfora para a própria personalidade de Mike e o instinto protetor que ele tem com aqueles que ama.


O filme foge dos clichês do gênero de esporte e dos estereótipos dos dramas hollywoodianos? Não, nem um pouco. De modo geral, temos a típica mensagem de "salvadores brancos" em meio a uma trama que gira em torno de valores cristãos. Porém, nós facilmente engolimos tudo isso, e com prazer. Quem não adora sair do cinema com a sensação de que existem boas pessoas no mundo?


E você, o que achou do filme? Concorda com as críticas? Deixe sua opinião nos comentário ;)

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